quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Noite de Teatro Absurda



O que é absurdo?
A existência humana é um absurdo?
O distanciamento e a frieza na comunicação entre as pessoas?
A solidão do ser humano e a insignificância da sua existência?
O tempo (fator essencial a uma compreensão histórica do universo) não existe senão como uma eternidade imóvel e morta?
O choque do homem consigo mesmo, percebendo em seu íntimo a perplexidade desse encontro?
Quem sou eu? Quem é você? Quem somos nós? Estamos fracassando em nossa existência? Deixando a vida passar sem sentido?
Como professora de teatro me parece muito relevante essas questões no momento "absurdo" que estamos vivendo em nosso país. Muitas questões pertinentes a esse fracasso na educação, na falta de diálogo, nas taxações absurdas do que é Arte, do que é doença, do que pode ou não poder ser dito, feito em em meio a um mar de seres corruptos e vazios de si mesmos que desgovernam momentaneamente, porém cruelmente.
Seguimos fortes, seguimos firmes e convictos do nosso papel enquanto artistas, seguimos inquietando, questionando porém sempre com diálogo e respeito. O grande "absurdo" é fingirmos que nada está acontecendo e ficarmos de braços cruzados esperando... esperando "Godot" que sabemos (Beckett já afirmava) nunca chegará!!!

O que será apresentado?

1) Cena 1 : “O Dilema do Paciente”
Autor: Groucho Marx
Atores: Tânia Limberg, Ticiane da Silva e Rafael Melo
Sinopse: Um paciente está ficando azul, procura especialistas que possam ajuda-lo. Durante os exames, percebe que o especialista quer lhe aplicar um golpe, marcando consultas durante um mês inteiro com valores absurdos.

2) Cena 2 : “ A Loja de Chapéus”

Autor: Karl Valentin
Atores: Sabrina Manara e  Edson Bruno Paçoca
Sinopse: Uma loja de chapéus, uma vendedora solícita tenta auxiliar um senhor a comprar um simples chapéu.

3) Cena 3: “Esperando Godot”

Autor: Samuel Beckett
Atores: Caio Libardi e Neka Manéa
Sinopse: Todos os dias, num local à beira de uma estrada deserta, que não é possível descrever porque não se parece com coisa nenhuma, junto de uma árvore solitária – nua e esquelética hoje, no dia seguinte coberta de folhas – dois homens, Vladimir e Estragon, esperam Godot. Mas nada acontece, ninguém chega, ninguém parte. E Godot – o único protagonista-ausente da história do teatro – que não saberemos quem é ou o que significa, nunca virá. Para preencher sua desesperada expectativa, para iludir o tédio dos dias vazios e sempre iguais, Vladimir e Estragon falam um com o outro até a exaustão, mesmo sem terem nada que dizer: assim, ao menos dão-se a impressão de existirem.

4) Cena 4: “ A Cantora Careca”

Autor: Eugene Ionesco
Atores: Sílvia Marzullo, Jaíne Dutra e Jonathan Hartz
Sinopse: A obra procura ilustrar o absurdo da existência humana de forma cômica, assim como o distanciamento e a frieza na comunicação entre as pessoas, observado no diálogo sem sentido entre as personagens. Para lá de ridicularizar as situações mais banais, a peça de Ionesco retrata de uma forma tangível a solidão do ser humano e a insignificância da sua existência. A história passa-se no interior da Inglaterra e mostra o cotidiano de dois casais, os Smith e os Martim, e da empregada Mary.

5) Bate – papo entre elenco e plateia (se houver interesse)